“Por dentro e por fora a Deusa está em mim…
Eu sou da Deusa para toda ação do bem,
Debaixo de mim surge Sua energia de toda a terra;
Sendo minha fundação e minha casa,
Por cima ela me derrama Sua luz do Sol e da Lua encantadora.
Em minha mão direita recebo a força,
Para controlar e dirigir minha magia,
Escondida no fundo de minha alma.
Em minha mão esquerda recebo as habilidades,
De sua energia divina para curar e ajudar,
Com a sabedoria do tempo.
Para mim, é a fonte da bênção.
Assim será e nunca acabará.”
autoria desconhecida
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
A ORIGEM DA BRUXARIA
A história da bruxaria, que para muitos pode parecer algo macabro e obscuro, mas para nós serve como elemento desmistificador de nós mesmos, de nossa própria origem e da magia que nós temos e muitas vezes não sabemos. Traçando uma linha do tempo desde a antiguidade até os tempos atuais, vamos contar toda saga dessas sacerdotes e guerreiros, sofridas durante toda a história.
Vamos nos imaginar em num ritual, com um grande caldeirão de magias, com bruxas, feiticeiras de outro tempo, evocando os bons espíritos e abrindo o caminho para conquistar seu maior objetivo.
Daí, se dá o ponto de partida para o começo de nossa história.
É na pré-história que começa nosso caminho. Em um tempo totalmente distante, parece inimaginável pensar que era possível existir algum tipo de rito ou adoração à algum tipo de força maior naquela época. Pois bem, existiam diversas formas, e são elas que originaram nossas crenças num mundo místico, que foge ao alcance de nossos olhos, atualmente.
Muitos homens pré-históricos acreditavam que através de suas pinturas rupestres, conseguiam aprisionar a alma dos animas e de suas caçadas, como se estivessem venerando e pedindo à uma força que desconheciam até então a boa caça e a boa colheita.
Porém, era preciso personificar essa magia que regia tudo que os cercava. Assim, foi criada a madona Negra, mais conhecida como Grande Mãe, geradora de todas as forças do universo e "cuidadora" da fertilidade. Era o útero de tudo, útero do mundo, a mãe geradora.
Para dar equilíbrio a essa energia, surgiu então o Deus Cornífero, representante da energia solar e da energia masculina, trazendo para si a coragem, o pensamento lógico e a saúde, mostrando os mistérios da morte e do renascimento. A figura de seu chifre representava principalmente essa virilidade masculina, pertinente à caça e a guerra.
Com essa cultura se difundindo na Europa, estava formada a base para a religião pagã, que surgia num momento bem posterior a esse. Era o início da magia, o início de um misticismo que muito intrigaría a muitos.
Com a invasão Celta à Europa, quase mil anos antes de cristo, os seus costumes e preceitos se misturaram com os já existentes nos territórios invadidos - onde hoje se localiza a Inglaterra, País de Gales, Escócia, indo até o Sudoeste da Itália e a região da Britãnia na França, mas se estabeleceram principalmente na região da Irlanda.
E é nesse meio tempo, que surge a magia celta proveniente de seus costumes misturados com os costumes dos povos locais em que se instalaram.
Na maioria dessas sociedades estabelecidas, diferentemente da imagem que temos atualmente, a mulher tinha um papel preponderante e fundamental no funcionamento delas, sendo essas culturas chamadas "matrifocais", com a mãe, a mulher, no centro delas.
Por exemplo, ocorria no caso de morte de uma mulher, a herança era passada de mãe para filha, ou era dividida entre os filhos, mas à filha cabia a melhor parte; ainda, a mulher tinha o papel de ensinar os homens a guerrear, a lutar, tinham o papel de grande sábia de sua sociedade, entre outras grandes atribuições. Foram as mulheres dessas sociedades que desenvolveram a maior parte da agricultura, a cestaria, a cerâmica, a olaria, a metalurgia, as técnicas de processamento, armazenagem e preservação de víveres, eram ainda as guardiãs do fogo, as ervanárias e farmacologistas e as curandeiras oficiais e primeiras médicas. A atividade masculina se restringia à caça e à trabalhos de coleta nas florestas.
Pode-se então observar que naquela época, os papéis na sociedade não eram os mesmos atuais.
Entre outros conceitos do povo celta e de sua magia-religiã o, já que os dois assuntos são estreitamente ligados, era o conceito de vida após a morte, pois consideravam a morte como uma passagem, até mesmo como uma dádiva para chegar à um outro plano. Esse conceito os levava até a entrar quase que despidos na batalhas, apenas com pinturas pelo corpo, simbolizando sua real entrega aos deuses na batalha.
Porém, com a crescente ascensão do Império Romano e com as constantes invasões nas regiões onde os celtas se instalaram, essa cultura foi sendo aos poucos dizimada, permanecendo só a Irlanda como localização desses Celtas.
Toda a cultura foi dizimada em detrimento da cultura romano-cristã , que florescia no momento e impôs um novo ritmo de vida cultural e social para os habitantes daquela região. Era preciso dizimar toda e qualquer cultura que se opunha ao cristianismo, e a magia Wicca se encaixava nesse perfil. Portanto, era preciso tirar qualquer pedra do caminho do Cristianismo para que ele pudesse expandir suas garras, sua fé.
Com o crescimento do Cristianismo, aumentava a repressão, e uma das mais conhecidas formas de repressão foi o tribunal da santa inquisição, quer visava julgar e reprimir toda e qualquer forma de afronta à Igreja Católica, que já se consolidava como principal representante do cristianismo.
Iniciou-se então um período de duzentos anos de terror, conhecido entre os bruxos como "Era das Fogueiras".
Mas de entre os alegados bruxos encontravam- se também os hereges, isto é: pessoas pertencentes a ordens religiosas rivais da Igreja; assim como os meros inocentes, tais como: doentes mentais, homossexuais, pessoas invejadas por poderosos, mulheres lindas e causadoras dos desejos dos homens, assim como mulheres velhas e/ou solitárias que despertavam os receios das pessoas.
Um dos símbolos que sofreram essa repressão foi Joana Darck, que foi uma combatente na Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, e por possuir visões, que por muitas vezes ajudaram o seu exército a vencer, foi acusada de bruxaria e queimada na fogueira.
Com isso, e magia celta entrou numa época de marginalização, por motivos de abusos de poder e repressão a essa cultura que se fazia menor representada.
Porém , na década de 1950, é oficializada a volta aos ritos da bruxaria como religião, intitulando- se Wicca, o que de certa forma diminuiu a marginalização dessa magia que tanto intrigava à sociedade.
A palavra "Wicca" vem do inglês antigo, tendo sido re-introduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald B.Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia "Wica", popularizou- se o uso de "Wicca", mais coerente à etimologia da língua inglesa moderna.
Com isso, houve uma diminuição da marginalização da bruxaria, que serviu de base para a religião moderna adaptada nomeada de Wicca, e isso proporcionou a introdução de personagens infantis, representados graciosamente como fantasminhas, bruxinhos e bruxinhas, que festejaram o imaginário infanil, sem a antiga versão assustadora.
Portanto, pegue firme a vassoura de sua filosofia de vida, e voe por todo esse mundo mágico da Wicca e bruxaria, que outrora já foram chamados simplesmente de "Crendices Pagãs".
Fonte:http://ocaldeiraodosstreghe.blogspot.com.br/
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